NEM SÓ DE BISPO VIVE A DIOCESE

O GOVERNO ESPIRITUAL DE RAIMUNDO SEVERINO DE MATTOS NA AMAZÔNIA OITOCENTISTA (1857-1861)

Autores

  • Allan Azevedo Andrade Universidade federal do Pará - UFPA
  • Fernando Arthur de Freitas Neves Universidade federal do Pará - UFPA

DOI:

https://doi.org/10.35355/revistafenix.v13i2.607

Palavras-chave:

Ultramontanismo, Raimundo de Mattos, Igreja, Vacância, Diocese

Resumo

Após D. José Torres renunciar seu bispado, a diocese do Pará ficou desprovida de um prelado em 1857 até a chegada do 10° bispo em 1861. Nesse período, ficou responsável pela administração espiritual do bispado o sacerdote Raimundo de Mattos, considerado peça fundamental do projeto ultramontano de D. José quando ainda era bispo diocesano. Portanto, o período de vacância da diocese sob a direção de Raimundo de Mattos, correspondeu à continuidade da missão do bispo resignatário, entretanto, sem sua legitimidade da expressão espiritual como assinalam as fontes oriundas da Igreja, relatórios da presidência, e os jornais de circulação no Pará.

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Publicado

2016-12-15

Como Citar

Allan Azevedo Andrade, & Neves, F. A. de F. . (2016). NEM SÓ DE BISPO VIVE A DIOCESE: O GOVERNO ESPIRITUAL DE RAIMUNDO SEVERINO DE MATTOS NA AMAZÔNIA OITOCENTISTA (1857-1861). Fênix - Revista De História E Estudos Culturais, 13(2). https://doi.org/10.35355/revistafenix.v13i2.607