CONTRADIÇÕES DA CARNE
A MULHER E O NEGRO EM DOIS MOMENTOS DO NATURALISMO BRASILEIRO
Palavras-chave:
Literatura Brasileira, Naturalismo, Adelaide Carraro, Júlio RibeiroResumo
O objetivo deste trabalho é analisar as obras A carne, de Júlio Ribeiro, e Submundo da sociedade, de Adelaide Carraro, representativas de dois momentos do Naturalismo brasileiro (e, ambas, censuradas quando de seu lançamento, sob a acusação de pornografia) do prisma das caracterizações da mulher e do negro por elas apresentadas. Nosso objetivo é examinar se as obras em tela serviriam para corroborar o ponto de vista segundo o qual o Naturalismo, em suas diversas fases, seria fundamentalmente conservador, diluidor de conflitos que marcam a sociedade brasileira, ou se, diferentemente – esta é nossa hipótese – as obras de Ribeiro e Carraro seriam exemplo sobretudo de uma postura contraditória, hesitante em relação a questões como o lugar da mulher e do negro na sociedade – e neste sentido refletiriam contradições e hesitações que, ontem como hoje, marcam o enfrentamento dessas questões no Brasil.
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Referências
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