Protagonismo

interpretações possíveis para ações de crianças e jovens na casa do pequeno jornaleiro (Curitiba: 1960-1978)

Autores

  • Nicolle Taner de Lima Universidade Federal do Paraná – UFPR

DOI:

https://doi.org/10.35355/revistafenix.v18i2.1174

Palavras-chave:

História da Infância e Juventude, História do Paraná, Casa do Pequeno Jornaleiro, Protagonismo

Resumo

A Casa do Pequeno Jornaleiro de Curitiba (CAPEJO) foi uma instituição criada em 1943, em Curitiba, Paraná, Brasil. A partir da moralização pelo trabalho, se destinava a prestar assistência material, moral e educacional a meninos e adolescentes entre 10 e 18 anos, que exerciam a função de vendedores de jornais pelas ruas da capital paranaense. A partir de prontuários individuais dos internos e reportagens de jornais com o recorte temporal estabelecido entre os anos de 1960 e 1978, o presente artigo discute o protagonismo desses infantes principalmente no fim do vínculo entre menino e instituição: através dos desligamentos pela maioridade, retorno a família, fuga ou transferência, são investigados os vestígios que possibilitem perceber o protagonismo desses meninos em suas ações e trajetórias. Tais fontes foram problematizadas à luz da História da Infância e Juventude, compreendendo os meninos internos da Casa do Pequeno Jornaleiro como atores sociais, sujeitos para a História e sujeitos da História.

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Referências

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FONTES

Prontuários de Pequenos Jornaleiros

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-2002. Cad “A” Cx 01; Arquivo Municipal de Curitiba

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Cx 01. Arquivo Municipal de Curitiba

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Cx 01. Arquivo Municipal de Curitiba

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Cx 01,Arquivo Municipal de Curitiba

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Cx 1. Arquivo Municipal de Curitiba

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“A/B” Cx 03. Arquivo Municipal de Curitiba

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“A/B” Cx 03. Arquivo Municipal de Curitiba

Relatórios

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Publicado

2021-12-17

Como Citar

Taner de Lima, N. (2021). Protagonismo: interpretações possíveis para ações de crianças e jovens na casa do pequeno jornaleiro (Curitiba: 1960-1978). Fênix - Revista De História E Estudos Culturais, 18(2), 567–585. https://doi.org/10.35355/revistafenix.v18i2.1174